Sobre Mauricio de Sousa


O desenhista Mauricio de Sousa nasceu em uma pequena cidade do estado de São Paulo, chamada Santa Isabel. Enquanto estudava, trabalhou em uma rádio do interior, onde também ensaiou números de canto e dança.
Para ajudar no orçamento doméstico, desenhava cartazes e posteres. Mas seu sonho era dedicar se ao desenho profissionalmente. Chegou a fazer ilustrações para os jornais de Mogi das Cruzes. Depois trabalhou por cinco anos como repórter policial no jornal Folha da Manhã.
Criou uma série de tiras em quadrinhos com um cãozinho e seu dono  Bidu e Franjinha e ofereceu o material para os redatores da Folha. As historietas foram aceitas, o jornalismo perdeu um repórter policial e ganhou um desenhista. 
Nos anos seguintes, Mauricio criou outras tiras de jornal: Cebolinha, Piteco, Chico Bento, Penadinho e páginas tipo tablóide para publicação semanal - Horácio, Raposão, Astronauta - que invadiram dezenas de publicações durante 10 anos. Para a distribuição desse material, Mauricio criou um serviço de redistribuição que atingiu mais de 200 jornais ao fim de uma década.
Em 1970 lancou a revista da Mônica com tiragem de 200 mil exemplares. Dois anos depois,  foi a vez da revista do Cebolinha e nos anos seguintes as publicações do Chico Bento, Cascão, Magali, Pelezinho entre outras.
Durante esses anos todos, Mauricio desenvolveu um sistema de trabalho em equipe que possibilitou, também, sua entrada no licenciamento de produtos. Seus trabalhos começaram a ser conhecidos no exterior e em diversos países surgiram revistas com a Turma da Mônica.
Mas chegou a década de 80 e a invasão dos desenhos animados japoneses. Mauricio ainda não tinha desenhos para televisão. 
Resolveu então enfrentar o desafio e abriu um estúdio de animação a Black & White  com mais de 70 artistas realizando oito longas-metragens. Estava se preparando para a volta aos mercados perdidos, mas não contava com as dificuldades políticas e econômicas do país. A inflação impedia projetos a longo prazo (como têm que ser as produções de filmes sofisticados como as animações), a bilheteria sem controle dos cinemas que fazia evaporar quase 100% da receita, e o pior: a lei de reserva de mercado da informática, que nos impedia o acesso à tecnologia de ponta necessária para a animação moderna.
Mauricio, então, parou com o desenho animado e concentrou-se somente nas histórias em quadrinhos e seu merchandising, até que a situação se normalizasse.
Criou o primeiro parque temático, o Parque da Mônica, no Shopping Eldorado, em São Paulo, seguido do Parque da Mônica do Rio de Janeiro.
As revistas vendem-se aos milhões, o licenciamento é o mais poderoso do país e os estúdios se preparam para trabalhar com a televisão.
A Turma da Mônica e todos os demais personagens criados por Mauricio de Sousa estão aí, levando mensagens educativas sempre de maneira lúdica e descontraída às crianças e aos adultos.